não tenho nada o q dizer... vou deixar só esse extrato de crônicas cotidianas...
"O jornalista mineiro e a mulher na janela. Todas as noites, ao deixar a redação, passava por aquele sobrado, e lá na janela do segundo andar, na penumbra que as luzes da rua não chegavam a atingir, estava ela, esperando para vê-lo passar. Os óculos de lentes já meio fracas para a sua crescente miopia mal lhe permitiam divisar a fisionomia da mulher - mas se acostumara a imaginá-la bela, o rosto redondo e fresco, cabelos ocultos por detrás da cabeça, talvez num coque ao gosto antigo ou em longa trança. Às vezes ele se detinha, como que para acender um cigarro, e olhava disfarçadamente para cima. Julgava distinguir até o brilho dos olhos dela, o contorno do seu rosto, à espera talvez do primeiro gesto.
Certa noite ousou fazer esse gesto - um rápido acendo com a mão, como a pedir-lhe que descesse um instante até o portão do sobrado. A mulher não respondeu, fingindo não haver entendido, e continuou imóvel.
Na noite seguinte, ela não apareceu, o que contribuiu para aumentar-lhe a inquietação. Quando alguns dias mais tarde tornou a vê-la, já se sentia apaixonado por aquela mulher misteriosa e inatingível.
Até que lhe aconteceu passar por ali à luz do dia e vê-la à janela do sobrado, na mesma postura - para descobrir, consternado, que havia se apaixonado por uma moringa de barro."
e se repete o risco q cega as pessoas... imagens idealizadas são as tão fáceis de se criar qt de se destruir... o mais difícil nessa história é a não-conformidade com o q aparece no fim...
Olá...
ReplyDeleteTudo bem???
Nunca mais me visitou, vê se aparece!!!
Bjs
Patyçazinha