Thursday, December 08, 2005

Complexo de Sininho


tive q fugir pra cá já q há coisa de um mês o weblogger não colabora para q eu poste... muita coisa ficou esquecida sem q eu pudesse juntar palavras pra deixar registrados os fatos de uma maneira q em algum momento no futuro eu voltasse para olhar o texto com saudades e nostalgia... no entanto um último evento não podia ser ignorado, e eis o motivo de eu desencavar esse blog AQUI...

a roxy conseguiu definir muito sabiamente um complexo e a ele deu um nome perfeito q é auto-explicativo além de muito *bonitinho* (rs...) sim, falo do complexo de sininho... não me atrevo a explicá-lo aqui já q foi criação da amiga antes denominada, e quem estiver muito curioso vai arrumar alguma maneira de saber do q se trata...

eis q achava ter perdido para sempre meu peter, q o mesmo se encontrava feliz na neverland dele, e que eu finalmente havia posto ele no mesmo patamar dos outros lost boys... bem, as pessoas se enganam... em meio a confusões, imprevistos, reencontros, desencontros, mágoas e lições, o peter reapareceu... menos peter e mais real... um peter pan q resolveu crescer e criou raízes depois de ouvir um pouco a sininho... mas o mesmo q acabou bagunçando um pouco as coisas novamente...

era mais do que eu precisava pra poder tirar um pouco as idéias amontoadas na minha mente... quase tão eficaz quanto uma penseira... agora vou poder analisar melhor o q se passa...

e, sim... esse post fica sem um final definido pq não sei qual o final q espero ou q me espera...

Tuesday, May 31, 2005

neverland

véspera de aniversário, e o que importa? uma data, como tantas outras que eu ignorava e repudiava na escola por não terem sentido de serem lembradas... a data por si tira o valor de tudo que se passou, como se todo o processo de sofrimento dos negros, sua luta pela alforria, as diversas leis e tratados para libertação e melhores condições de vida perdessem o significado em vista da Lei Áurea que celebra a abolição da escravatura... e o que isso quer dizer? uma data, não se iguala nem num ínfimo à toda história vivida... deixa eu voltar ao início do post... um aniversário... com certeza não marca a evolução da minha idade biológica em termos científicos, já que a maneira como vivo tem um peso bem maior nesse ponto do que um mero registro... nem tão pouco demonstra a minha evolução mental, psicológica ou social, como se de uma hora pra outra vc fosse viver um ano no virar de uma noite e pensar: cresci...

nos últimos anos tenho tido vários aniversários, não os convencionais, mas os verdadeiros... aqueles momentos, ou situações pelas quais vc passa e percebe q aprendeu algo, que mudou, morreu um pouco e descobriu um novo lado... quando se vê que amadureceu um tanto e passou a dar mais valor aos momentos em que não se precisa adotar esse comportamento, quando a gente nota a vastidão de escolhas à nossa frente, e sabe que não precisa ser tão sério ou carrancudo, que por mais se tenha responsabilidades ainda dá tempo de viver e aproveitar sem ficar carregando todo aquele peso nos ombros...

fato, assumi muitas responsabilidades e tive que aprender a lidar com elas, mas acima de tudo vi o que não quero me tornar... não preciso ficar exibindo tormentas como se fossem cicatrizes de batalha pra me mostrar mais sério ou responsável ou confiável que os outros, não tenho que andar correndo de cara amarrada pra ganhar respeito por causa da posição... muito menos deixar de aaproveitar circunstâncias ou descontar em pessoas de quem gosto as coisas que saem erradas discutindo por elas reagirem de forma diferente ou resolverem seus problemas de outra maneira, esquecer que ainda que tenha coisas a resolver é possível relaxar um pouco e rir do problema enquanto se pensa numa solução(tenho plena ciência de que isso é o que eu NÃO quero na minha vida)...

e chega o aniversário... uma data apenas vai dizer tudo isso? nem de perto... mas é uma boa desculpa... não para ganhar presentes(que eu geralmente ignoro quando posso ver um amigo na minha frente), mas pra ter a oportunidade de ver pessoas que vc ama, receber telefonemas delas, que você esperava pudessem acontecer todos os outros dias do ano... sim, datas servem pra isso, apenas e somente como desculpa... desculpa pra pessoas que cresceram demais e não podem se dar ao luxo de abraçar um amigo num dia qualquer e dizer o quanto se importam, que precisam de um motivo pra comprar algo que provavelmente vai ser superficial e planejado(ao invés de fazê-lo quando passam por uma loja e vêem aquele quadrinho que faltava pra coleção do amigo, ou um postal com a figura do alterego do seu amigo depois q bebe *rs...) que venham então as datas, para que possam lembrar de ser pessoas, que se importam com os outros e que na vida existem mais do que problemas e obrigações...

Wednesday, May 25, 2005

muralhas

"it's a truth universally acknowledged that" a single love can be as destructive as a nuclear weapon...
não adianta quantas pessoas falem que o amor é um sentimento nobre, que não há felicidade sem amor... basta uma ferida mal cicatrizada, uma passagem entreaberta dando espaço para um sentimento crescente e toda a idéia sublime se esvai... quantas vezes não se sofre, se machuca, e assim dilacerado, a primeira coisa q vem à mente é a tão temida caverna... o muro de sentimentos circundando a gente, a proteger-nos do mundo e ao mesmo tempo afastar-nos dele... a vontade de construir uma armadura que suporte os mínimos arranhões e as mais violentas tempestades... alguns investem bastante tempo e empenho em tal empreendimento, sem sequer perceber o alcance de tal atitude.. como um apoio para uma perna quebrada, essa proteção funciona bem ao cicatrizar feridas, mas depois de um tempo é necessário abrir mão de tal artefato e reaprender a caminhar sem apoio... depois de um tempo demasiado longo, ao invés de dar maior segurança, o recurso passa a impossibilitar um caminhar autônomo fazendo com que um trabalho maior seja desenvolvido... não se pode carregar algo tão pesado por toda jornada, muito menos se tornar dependente de uma invenção utópica para satisfazer a necessidade de se sentir inatingível, à prova de qualquer ferimento... ainda assim, corre-se o risco de descobrir que havia uma falha no projeto, q não se torna visível até q ele comece a ruir... então sem saber como ou porquê, a pessoa se descobre mais vulnerável do que nunca, a deriva num mar de emoções e sensações há tempos ignoradas por ela, sem saber como lidar com isso...
figura de linguagem pobre e texto confuso, o sono opera mais forte q a razão... o que me cabia dizer é que no final das contas é inútil, sempre terá alguém q qd vc menos espera, no momento que parece mais impróprio, sem o mínimo esforço, da forma mais suave que existe, irá despir a armadura e moldar seus sentimentos suave e irreversivelmente, e então nada mais restará a ser feito... deixo com cummings que fala em poucas linhas mais do que eu poderia dizer numa noite inteira...

.:para o meu gatinho ferido, a doce chuva de primavera que derrubou algumas tantas muralhas:.


somewhere i have never travelled, gladly beyond
any experience, your eyes have their silence:
in your most frail gesture are things which enclose me,
or which i cannot touch because they are too near

your slightest look easily will unclose me
though i have closed myself as fingers,
you open always petal by petal myself as Spring opens
(touching skilfully, mysteriously) her first rose

or if your wish be to close me, i and
my life will shut very beautifully, suddenly,
as when the heart of this flower imagines
the snow carefully everywhere descending;

nothing which we are to perceive in this world equals
the power of your intense fragility: whose texture
compels me with the colour of its countries,
rendering death and forever with each breathing

(i do not know what it is about you that closes
and opens; only something in me understands
the voice of your eyes is deeper than all roses)
nobody, not even rain, has such small hands

Sunday, May 22, 2005

gastronomia

prato do dia: confundir, complicar, uma sopa de caracteres japoneses a flambé... vem, puxa uma idéia... pode sentar, o chão está à disposição, cortesia da casa... pise de leve ao chegar pra não espantar as idéias... favor depositar todo peso dessnecessário na recepção... sinta-se a vontade, apenas tenha certeza de que o paladar não extrapola seus limites, talvez ácido demais ou apimentado... querendo deixe cozinhar por mais um tempo, a carne já foi amaciada... a degustação sugerida é lenta e minunciosa... caso haja algum desentendimento quanto ao acompanhamento favor dirigir sua palavra ao responsável pelo estabelecimento... não podemos garantir satisfação plena, porém zelo absoluto com o seu bem estar... cuidado ao sair, não esqueça seu controle! ah, sim... antes que me fuja da mente, não penses haver uma especialidade do chef, o cardápio é vasto e renovável... bem como as escolhas de tão exigente paladar...

Sunday, April 03, 2005

sobre liberdade

poucos dias atrás lembrei de um dos passeios mais importantes que fiz na minha (pré)adolescência... um onde muita coisa mudou, principalmente minha visão de mundob e relacionamentos... dessa época uma música veio bem forte na minha mente e se alojou,por isso vou postar umpedaço dela aqui...

Vento Ventania
Biquíni Cavadão

Vento, ventania, me leve para as bordas do céu
Pois vou puxar as barbas de Deus
Vento, ventania, me leve para onde nasce a chuva
Pra lá de onde o vento faz a curva
Me deixe cavalgar nos seus desatinos
Nas revoadas, redemoinhos
Vento, ventania, me leve sem destino
Quero juntar-me a você e carregar os balões pro mar
Quero enrolar as pipas nos fios
Mandar meus beijos pelo ar
Vento, ventania,
Me leve pra qualquer lugar
Me leve para qualquer canto do mundo
Ásia, Europa, América
Vento, ventania, me leve para as bordas do céu
Pois vou puxar as barbas de Deus
Vento, ventania, me leve para os quatro cantos do mundo
Me leve pra qualquer lugar
Me deixe cavalgar nos seus desatinos
Nas revoadas, redemoinhos
Vento, ventania, me leve sem destino
Quero mover as pás dos moinhos
E abrandar o calor do sol
Quero emaranhar o cabelo da menina
Mandar meus beijos pelo ar
Vento, ventania,
Me leve pra qualquer lugar
Me leve para qualquer canto do mundo
Ásia, Europa, América
Me deixe cavalgar nos seus desatinos
Nas revoadas, redemoinhos
Vento, ventania, me leve sem destino
Quero juntar-me a você e carregar os balões pro mar
Quero enrolar as pipas nos fios
Mandar meus beijos pelo ar
Vento, ventania, agora que estou solto na vida
Me leve pra qualquer lugar
Me leve mas não me faça voltar.

Friday, March 25, 2005

de presentes e sorrisos

engraçado, falando com uma aluna me vi dizendo pra ela fazer exatamente aquilo que devo eu mesma fazer mas acredito não ser certo na maioria das vezes... pense em vc, depois se lembre dos outros... faça aquilo que te deixe feliz, com certeza seus amigos vão gostar de saber disso...

parei de novo a pensar, e lembrei que faço as coisas pelos outros sim, e lembrei que nos momentos que estive mais feliz foi por ver um sorriso no rosto das pessoas que eu amo... seja ao bincar com meus primos pequenos(estranho mas a preferência de companhia é sempre pela minha pessoa), ou poder levar um amigo querido a passear, assistir no cinema com aquela amiga-irmã que te conhece há mais de dez anos o filme que ela adora, entregar um presente feito por vc a sua irmã reforçando os planos de felicidade dela... saber nos olhos dessas pessoas que elas entenderam um pouquinho melhor o que vc sente...

ontem tive o privilégio de mais uma vez ver sorrisos, ou apenas saber deles... a expressão sentida e imaginada, o olhar que ficou nos meus sonhos... a voz e as palavras ilustres... a resposta de alguém que eu amo...

Wednesday, February 23, 2005

Puss in flip-flops

Esse post é pros meus ex/futuros alunos. criação de um dos meus xodós da turma de básico do semestre passado no fairy tales project... a produção segue da maneira que me foi entregue, a mim cabe o papel apenas de transcrever para a tela... espero que gostem... (ps.: a publicação desse texto especificamente não tem nada a ver com o fato de o personagem principal ser um gato... *rs...)

Once upon a time, there was a super cat who lived in Hawaii. He had a perfect life. He spent the whole day surfing and eating salmon. But there was a problem, he was a really lazy cat. When the people from the village went to the sea, he stayed on a hammock sleeping and drinking coconut water. Because of this, the people hated him and he had no friends.

One day, when the cat was surfing, he saw a white shark. He started fighting the shark. The people were worried, but the cat came out of the water holding the dead shark.

To celebrate, people decided to make a sand sculpture from the cat and he became a hero for the village. From this day on, he was know as "shark killer".

Tuesday, February 15, 2005

Evangelho

Dorival Caymmi

eta mundo que a nada se destina
se maior se faz mais se arruína
se mais que servir mais nos domina
se mais vida dá são mais os danos
se mais deuses há mais são profanos
esses pobres de nós, seres humanos

eta vida, essa vida de infelizes
quanto mais coração mais cicatrizes
do amor é que a dor cria raízes
de dentro do bem é que o mal trama
da felicidade cresce o drama
dessas tristes de nós, vidas humanas

eta tempo que em pouco nos devora
o pavio da vela apagará
quanto mais se partir tempos afora
mais nos tempos de agora se estará
e mais tarde quando o tempo melhora
a nossa mocidade onde andará?

eta morte que acaba tempo e vida
o mundo não conseguiu saída
é o fim mas pode ser o começo
e quem tenta fugir faz sempre o avesso
que quanto mais vidas se cultiva
mais a morte alimenta a roda-viva.

Sunday, February 13, 2005

vinte minutos

dentro do ônibus, as imagens seguem rápidas, tão rápidas quanto perdem sua forma para borrões de cores que se diluem e se misturam com as outras coisas ao redor... a janela embaçada deixa passar pouco da luz, embora o sol ainda se faça presente, envolta pelo cobertor de calor, abafado, dificultando ainda mais a respiração... piloto automático, não mais penso, não quero fazê-lo, evito parar e ver a situação como ela se apresenta... mesmo sem ter consciência do que acontece minhas pernas me erguem, o braço levanta a mão que segura os dedos, adormecidos ao toque indo em direção ao cordão, pronto...eles o puxaram...

os degraus parecem demasiados altos, despenhadeiros que se apresentam enfileirados na minha frente... meus pés tocam a rua, os olhos observam a coloração, de verde, para amarelo, finalmente vermelho... sigo olhando as pessoas que passam por mim, todas alheias, algumas apressadas com passos largos, outras sorridentes com as mãos tomadas por crianças saltitantes, elas se vão... eu também, independente de mim sou levada pra onde preciso ir... encaro o edifício, seus tijolos sobrepostos, o cimento frio a envolver a construção, os seus corredores, o cheiro característico do lugar onde se ganham esperanças ou espera-se que elas desapareçam por fim... observo aquele gigante sem alma, com o silêncio que te desperta a vontade de gritar, de reagir, de qualquer coisa que não seja apenas olhar e aceitar...

num segundo os pés que caminhavam param, atordoados com as lembranças... as palavras voam velozes, desenhando na mente a figura grotesca que aguardava lá dentro solitária... a ironia e a incongruência do que era antes com o que deve ser torna intragável apenas a idéia de tal situação... os pés, antes tão certos, agora recuam, as imagens vão ficando mais claras e fortes na minha mente... o que antes era convicção se transforma em revolta, e então em medo... vinte minutos... o tempo passou como se fosse gotas escorrendo por uma fina vidraça, onde vê-se seu movimento mas elas não conseguem te atingir... permaneci assim, impassível, durante vinte minutos, tentando me convencer, dobrar o que me segurava ali, na calçada...

derrota, segui pelas ruas da cidade, mais uma vez levada... os pensamentos sendo substituídos rápidos um pelo outro... ao que restaram somente um sentimento de impotência e covardia... a impossibilidade de consertar as coisas, de fazer com que saiam da maneira que queria, depois disso a incapacidade de aceitar, encarar o que quer que seja e enfrentar suas consequências... tudo isso por causa de um segundo que foi mais forte do vários de seus iguais somados, o davi do tempo que derrotou mais vinte minutos...

Sunday, January 30, 2005

e o mundo segue

Irritada...
porque as pessoas não são as únicas responsáveis pelo que acontece na vida delas, nem pelas situações que a moldam...
porque o ser humano é, biologicamente falando, um ser de natureza social, e como tal deve conviver em grupos, de forma que tenha contato com outros da mesma espécie...
porque vejo todo dia o que poderia ser em rostos de crianças, pra segundos depois ver toda esperança se desvanecer nos olhos vermelhos de uma mãe, na enfadonha ladainha repetida por vozes infantis atrás de trocados...
porque acordei hoje meio ácida, tentando acreditar de alguma forma que o mundo vale a pena...

Monday, January 24, 2005

Covers

o sol espera aindailuminando o caminho para a normalidade... tudo continuou, quase estático, igual, comum, monótono... só o olhar, desvencilhando camadas e fazendo com que aquilo tudo não seja mais tão confortável... irritante, talvez...
onde perdi a chave da porta miúda? será que o coelho já achou suas luvas? preciso encontrar outra companhia pro chá das cinco, já que o chapeleiro saiu de férias para cancun...


O que há de errado com o mundo? estereótipos e rótulos aplicados às pessoas, sem nenhum pudor ou análise... Quantas pessoas você pode conhecer em uma só? colega de trabalho chato poderia ser um ótimo amigo se vcs se conhecessem do prédio onde moram, ou do clube que frequentam... Quantas vezes vc não se surpreendeu com as atitudes de uma pessoa que você pensava conhecer ao encontrá-la numa situação completamente diferente do contexto corriqueiro? Pra quê então dar nomes e definições que sabe-se serem insuficientes... O que querem que eu seja, o que quero ser, quem eu sou... Nada disso é fixo ou mesmo correspondente...


Sempre a mesma imagem, sempre vista da mesma maneira... amigos, paqueras, colegas de trabalho e até fiscais na rua, todos os homens que cruzam minhha vida teimam com o mesmo estereótipo... Inocente, dócil, frágil, delicada... Como se com um sopro eu fosse partir...

The hell! quero me apaixonar por alguém que não me veja como um bibelô, e sim como mulher!

Direto do botom da minha flat mate: "não sou tão inocente quanto pareço"